TEMPLO SUD - batismo vicário

BATISMO PELOS MORTOS

A Igreja Mórmon acredita que os espíritos das pessoas falecidas, que não ouviram o evangelho mórmon, não podem entrar no Reino Celestial. Para dar esta oportunidade aos mortos, um homem vivo é batizado em seu lugar, por procuração. 

Esta cerimônia pode ser realizada apenas dentro dos templos mórmons, e apenas por mórmons que sejam dignos e paguem o dízimo integral mensalmente (veja mais detalhes AQUI).
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COMO É FEITO O BATISMO PELOS MORTOS

Talvez a característica mais marcante dentro de um templo Mórmon é a pia batismal, suficientemente grande para acomodar várias pessoas de pé na água até a cintura.

A pia repousa sobre as costas de doze bois esculpidos em tamanho natural, e em uma sala especial. É ali que o batismo pelos mortos são realizados.


Os representantes dos mortos são geralmente adolescentes mórmons, que viajaram de suas casas em grupo (caravana) para o templo. Vestidos de branco, esperam em fila para entrarem nas águas da pia batismal, um a um. 


Nesse processo, são submergidos pelo oficiante responsável pelo batismo, que realiza antes uma breve oração batismal: 

"Tendo-me sido dada a autoridade de Jesus Cristo, eu te batizo para e em nome de NN, que está morto, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém".

O nome da pessoa morta é lido a partir de uma lista um pouco antes da imersão. Um mórmon pode ser batizado rapidamente e sucessivamente no lugar de dez ou quinze pessoas mortas.


Após o batismo, dois outros oficiantes confirmam o recém-batizado morto como membros da Igreja Mórmon e conferem-lhes o 'dom do Espírito Santo', colocando as mãos sobre a cabeça de cada representante, e recitando um curto pronunciamento.

Centenas de tais batismos e confirmações podem ser realizados em poucas horas. É uma forma eficiente e a operação funciona como linha de produção.



Origem da doutrina de batismo pelos mortos


Esta idéia particular de uma pessoa viva ser imersa em lugar de outra já falecida se encontra na história de Joseph Smith.
 

"Crisóstomo afirmava que os Marcionitas (discípulos de Marcion) praticavam o batismo pelos mortos:

"depois que um catecúmeno morria, eles colocavam um homem vivo debaixo da cama do morto e indo até este, indagavam-lhe se desejava ser batizado. Como ele não podia responder, o outro respondia em seu lugar, e então eles batizavam o vivo em lugar do morto". 

A Igreja, sem dúvida, naquele tempo era degenerada e a forma particular devia ser incorreta, mas isto está muito claro nas Escrituras, tanto que Paulo, falando da doutrina, diz: "Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos?" (1 Coríntios 15:29). (History of the Church, 4:599).

Os eruditos da Bíblia estão divididos quanto à significação deste verso. Os Mórmons, é claro, crêem que se aplica ao serviço do templo, onde uma pessoa viva é batizada em favor da outra já falecida. Porém, mesmo que este verso se aplicasse a uma pessoa viva sendo batizada por outra qualquer, como os mormons garantem, isso não prova que os fiéis cristãos o praticassem. 

Paulo não diz que "nós" somos batizados pelos mortos, mas que "eles" são batizados pelos mortos. O uso do vocábulo "eles", em vez do vocábulo "nós", poderia fazer uma enorme diferença no significado desta declaração. 

Se alguém perguntasse: 
"Por que eles oram pelos mortos, se os mortos de modo nenhum ressuscitam?" 

isso não significaria que eles endossam a doutrina católica da oração pelos mortos. Se, contudo, uma pessoa faz a declaração:
"Então por que devemos orar pelos mortos, se os mortos de modo nenhum ressuscitam?"

entenderíamos que ela crê na oração pelos mortos.

(ver Jerald and Sandra Tanner, The Changing World of Mormonism, p. 153).

Charles R. Hield e Russell F. Rolston apresentam uma excelente discussão sobre este verso, reforçando o ponto levantado pelos Tanner:


"Uma cuidadosa leitura desta carta mostra que o apóstolo Paulo escreve aos santos de Corinto, usando pronomes "eu", "nós", "vós" e "tu" ao referir-se a eles e a si mesmo nesta mensagem. Mas quando ele menciona o batismo pelos mortos, ele muda para o pronome "eles"- "O que eles farão?" - "Por que então se batizam pelos mortos". 

No verso seguinte ele volta ao uso dos pronomes "nós" e "vós". Então, ele parece se dissociar e aos santos justificados dos métodos usados por aqueles grupos, que, nesse tempo, estavam praticando o batismo pelos mortos.

O apóstolo Paulo não induzia os crentes a praticar tal princípio, nem sequer aconselhava isso. Ele simplesmente usou o caso como ilustração. 

Paulo não adorou 'o deus desconhecido' dos pagãos por ter encontrado um altar a ele dedicado (Atos 17:23)... Não há menção alguma de batismo pelos mortos na Bíblia, antes de Paulo, e nenhuma depois dele. Paulo, bem como os demais apóstolos, em vez de endossar o batismo pelos mortos e depois o praticar, pareceu ter exercido uma influência contrária sobre esta ordenança, uma vez que ela era realizada somente entre os hereges.

A Bíblia não contém uma doutrina específica autorizando esta ordenança. Cristo não a menciona, nem qualquer um dos apóstolos, exceto Paulo, o qual fez apenas uma referência indireta à mesma." (Batismo Pelos Mortos, Independence Mo, Herald Publisher House, 1951, ps. 23-24).

O fato de Cristo jamais ter mencionado o batismo pelos mortos é uma forte evidência de que esta doutrina estava ausente na Igreja Cristã Primitiva.



Orson Pratt admite que a Bíblia não contém qualquer informação quanto ao fato do batismo pelos mortos ser realizado. Sua desculpa para a Bíblia não conter esta informação é que ela provavelmente se extraviou ou foi retirada da Bíblia. Ele afirma:


"A doutrina do batismo pelos mortos deve ter sido bem entendida por eles... Se não, quando, ou de que modo, a doutrina foi comunicada à eles ? Ela podia ter sido previamente escrita para eles. Ela deve ter sido tão importante quanto o batismo pelos vivos. 

A Palavra, escrita ou não, de Deus com a qual a Cristandade está familiarizada, nos informa algo sobre como esta cerimônia é efetuada? Ela informa quem deve oficiá-la? Quem é o candidato em lugar do morto? Que classe de mortos deve ser beneficiada? A Escritura e a Tradição nos informam em que esta doutrina particular do batismo pelos mortos afetará a sua ressurreição? Elas informam se o batismo pelos mortos pode ser administrado em todos os lugares, ou somente numa fonte batismal, num templo consagrado para esse propósito? Todas estas importantes indagações permanecem sem resposta nas escrituras e na tradição". (Orson Pratt Works, 1891, p. 205).

Os membros da igreja SUD têm um zelo muito grande pelo serviço em favor dos mortos, crendo, como o fazem, que estão salvando os seus ancestrais. 

O Presidente John Taylor dizia: 
 
"... Somos as únicas pessoas que sabem como salvar nossos progenitores... Somos de fato os salvadores do mundo, se realmente eles são salvos." (Journal of Discourses 6:163). 


O Presidente Wilford Woodruff sentia que havia salvo John Wesley, Colombo e todos os Presidentes dos Estados Unidos, exceto três:





"... duas semanas antes de sair de St. George, os espíritos dos mortos se reuniram ao meu redor, desejando saber por que não haviam sido redimidos...Eram eles os signatários da Declaração da Independência e ficaram esperando por mim durante dois dias e duas noites.

Eu fui direto até a fonte batismal, chamei o irmão McAllister para me batizar pelos signatários da Independência e outros 50 homens eminentes, num total de 100, inclusive John Wesley, Colombo e outros. Em seguida eu o batizei em lugar de todos os Presidentes dos Estados Unidos, exceto três, e se a causa deles for justa, alguém fará o serviço por eles" (Journal of Discourses, 19:230,  September 16, 1877).



texto baseado em Dennis A Wright
Jornal "The Evangel", edição março/abril, 1998